quinta-feira, 29 de setembro de 2011
SISTEMAS HÍBRIDOS
sábado, 17 de setembro de 2011
COP DVR STAND ALONE
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Cientistas apresentam o novo imã mais poderoso do mundo
Cientistas apresentam o novo imã mais poderoso do mundo
Projeto desenvolvido pela Universidade Estadual da Flórida tem capacidade 500 mil vezes maior que o campo magnético da Terra.(Fonte da imagem: BBC)
Cientistas do National High Magnetic Fiel Laboratory da Universidade Estadual da Flórida (FSU) anunciaram no último dia 13 de julho a criação do novo imã mais poderoso de todos os tempos. Segundo os responsáveis pelo projeto, o dispositivo é capaz de operar em 25 Tesla – capacidade cerca de 500 mil vezes maior que o campo magnético do planeta.
Os pesquisadores afirmam que a invenção, de custo próximo a US$ 2,5 milhões, tem potencial para revolucionar o campo das pesquisas científicas. O aparelho do tipo que chegou mais perto da marca estabelecida atualmente foi criado em 1991, na França, e possui capacidade total de 17,5 Tesla.
Além de ser 43% mais poderoso que seu antecessor, o novo imã possui espaço interno 1500 vezes maior que a invenção francesa. Com isso, os cientistas esperam conseguir realizar experimentos de forma mais flexível e variada. O objetivo da novidade é estudar as propriedades incomuns que materiais adquirem em condições extremas de temperatura e pressão.
terça-feira, 19 de julho de 2011
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA NÃO CENTRIFUGAÇÃO EM LAVADORAS CONSUL E BRASTEMP BWL07A, CWL08A, CWL08B, CWL08C e CWL10A
Marca: | BRASTEMP e CONSUL |
---|---|
Modelo: | BWL07A, CWL08A, CWL08B, CWL08C e CWL10A |
Assunto: | Procedimentos para ocorrência de “Não Centrifuga” |
quarta-feira, 6 de julho de 2011
REDES DE TELECOMUNICAÇÕES EM EDIFÍCIOS E RESIDÊNCIAS - USP/SP
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA PROJETOS
VOLUME I –
ASSUNTOS EQUACIONADOS COM
A TELEFÔNICA (SÃO PAULO)
COORDENAÇÃO E PATROCÍNIO:
SECOVI / SINDUSCON / ABRASIP
Elaborado por: Joaquim Alves da Silva
Rev2: Abril/2004
Emissão Inicial: Junho/2003
ÍNDICE:
Apresentação
Assunto 1– Sala de telecomunicações
Assunto 2 – Localização da caixa de distribuição geral em subsolo
Assunto 3 – Tubulação de entrada subterrânea
Assunto 4 – Shaft em edifícios residenciais
Assunto 5 – Número de pontos telefônicos em apartamentos
Assunto 6 – Número de tomadas telefônicas por apartamento
Assunto 7 – Materiais utilizados nas instalações telefônicas internas
Assunto 8 – Conjunto de casas ou edifícios circunscritos numa mesma área
Assunto 9 –
análise na Telefônica
Documentação necessária para apresentação do projeto para
Assunto 10 – Identificação de pares da rede telefônica interna de edifícios
Este trabalho técnico visa atualizar os conceitos para o
desenvolvimento de projetos para entrada e instalação telefônica internas em
edifícios residenciais.
Tomou como base os assuntos tratados no Manual de
Redes Telefônicas Internas – Volume I – Tubulação Telefônica – Projeto (1987),
utilizado como norma para apresentação dos projetos para análise na Telefônica
(válido para o Estado de São Paulo, Capital e interior). Contou com a
determinação e dedicação do Joaquim, a quem especialmente agradecemos pelo
esforço e cuidado, mostrando a origem das dificuldades e os caminhos para
solução.
Envolve por conseguinte, vários aspectos pertinentes a
esta aprovação e outros assuntos correlatos, necessários à Construtora e ao
projetista da tubulação de entrada telefônica. Para as necessárias conexões à
rede de concessionária, foram realizadas reuniões com a equipe técnica da
TELEFÓNICA (São Paulo), e os tópicos tratados refletem o histórico e as
considerações equacionadas. Agradecemos também ao eng.Edson Marques, pela
coordenação dos trabalhos dentro da Telefônica.
Após sua elaboração básica, o trabalho foi discutido em
reuniões entre os projetistas e grupos técnicos, das seguintes entidades:
SECOVI – Sindicato das Empresas de Compra, Venda,
Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo –
Divisão de Tecnologia.
SINDUSCON – Sindicato da Indústria da Construção
Civil do Estado de São Paulo – Diretoria de Tecnologia – Sistemas Prediais.
ABRASIP – Associação Brasileira de Engenharia e
Sistemas Prediais.
Pretende ser o embrião de uma futura Norma Brasileira
de infraestrutura para redes telecomunicações em edifícios residenciais, bem
como apresentar aspectos relevantes de interface entre as edificações e as
concessionárias de serviços de telefonia fixa e telecomunicações.
Agradecemos a colaboração de todos os envolvidos, e
colocamo-nos a disposição para futuras revisões decorrentes da sua aplicação,
única forma de atingirmos o objetivo inicial deste trabalho de forma efetiva.
Eng.Luiz Olímpio Costi
coordenador do grupo
SECOVI-SINDUSCON-ABRASIP
As principais Normas consideradas no trabalho foram:
• Manual de Redes Telefônicas Internas – Volume I – Tubulação Telefônica em
prédios – Projeto (1987)
• NBR 13726/96 Redes telefônicas internas em prédios – Tubulação de entrada
telefônica – Projeto
• NBR 13727/96 Redes telefônicas internas em prédios – plantas / partes
componentes de projeto de tubulação telefônica
• NBR 13300/96 Redes telefônicas internas em prédios – terminologia
• NBR 14306/99 Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes
internas de telecomunicações em edificações – Projeto
• NBR 14565/00 Procedimento básico para elaboração de projetos de
cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada
• NBR 5410/97 Instalações elétricas de baixa tensão
ASSUNTO 1: SALA DE TELECOMUNICAÇÕES
Sumário:
1.1 – Aspecto tratados
1.2 – Procedimentos técnicos aplicáveis
1.3 – Considerações finais
1.1 – Aspectos tratados
1.1.1 – Norma NBR 14565 – Jul/2000 – Procedimento básico para elaboração de
projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada.
1.1.2 – Utilização
1.1.3 – Localização
1.1.4 – Detalhes de construção
1.1.5 – DG de ferragens
1.1.6 – Dimensões
1.2 – Procedimentos técnicos aplicáveis
1.2.1 – Definição com base na NBR 14565: Sala de entrada de
telecomunicações
– espaço destinado a receber o cabo de entrada da
Operadora onde são ligadas as facilidades da rede primária intra e inter edifícios,
podendo também acomodar equipamentos eletrônicos com alguma função de
telecomunicações.
1.2.2 – A sala não precisa, necessariamente, ser projetada para uso exclusivo da
Telefônica. Vários serviços com função de telecomunicações/Operadoras poderão
estar compartilhando a mesma sala devendo haver um estudo/projeto prévio sobre
a distribuição e posicionamento dos equipamentos e cabeamento de cada
serviço, de responsabilidade do projetista devendo ser evitados cruzamentos de
cabos e/ou tubulações.
1.2.3 – Preferencialmente, a sala de telecomunicações deve estar localizada no
andar térreo do prédio ou nos pavimentos imediatamente abaixo ou acima deste
nível (situação/estudo atípico).
1.2.4 – A sala de telecomunicações pode então ser localizada em subsolo
devendo ser observado:
a) restrições tais como umidade ou acesso em caso de manutenção são
as mesmas para qualquer sala de equipamentos. Além do bom senso,
devem ser respeitadas as exigências/normalização das prefeituras locais;
b) a ventilação natural da sala deve ser estudada com a arquitetura
tomando-se por base que um técnico possa trabalhar adequadamente
em seu interior por um tempo.
Esta ventilação poderá ser por meio de janelas/vitrôs voltados para o
subsolo ou mesmo através de ventilação na própria porta;
c) a sala deve possuir extintor para incêndio (CO2) e iluminação adequada
de acordo com as suas dimensões e com o posicionamento dos
equipamentos a serem manuseados em trabalhos de operação e
manutenção.
d) quando a(s) tubulação(ões) de entrada para o subsolo estiver(em)
sujeita(s) à entrada de água (principalmente águas pluviais), deverá ser
construído/instalado pela Construtora um dreno forçado na caixa
subterrânea de entrada externa (localizada na via pública ou recuo do
prédio) de modo a impossibilitar a entrada de água internamente em
caixa de passagem ou mesmo na sala de telecomunicações
diretamente.
1.2.5 – Até 280 pontos telefônicos, a solução mais adequada ainda é a caixa ou
sala de DG do tipo de parede com prancha de madeira.
a) deve constar no projeto, uma nota explicativa garantindo que a parede
que sustenta a prancha de madeira ou DG de parede permita sua
fixação adequadamente, ou seja, deve possuir pontos especiais para
fixação nos casos de bloco cerâmico vazado, bloco de cimento, cortina
de concreto e outros.
b) a prancha pode ser de madeira ou qualquer outro material desde que
este suporte mecanicamente fixações e esteja protegido contra ataques
químicos, pragas e principalmente umidade.
- quando de madeira, a prancha deve ter uma superfície uniforme,
não ter emendas, estar tratada contra cupins, pragas e ataques
químicos, possuir uma espessura mínima de 20 mm e estar pintada
com tinta na cor cinza-claro.
Não serão aceitos “madeirites” ou “aglomerados”.
1.2.6 – DG de ferragens – são constituídos por um conjunto de ferragens
(geralmente de alumínio)próprias para instalação de blocos específicos, fixação
e/ou arrumação de cabos e fios numa sala de telecomunicações.
a) em princípio, o DG de ferragens deve ser projetado/especificado para
mais de 280 pontos telefônicos de entrada no prédio;
b) basicamente podem ser de dois tipos:
- para instalação/fixação em parede;
- para instalação afastada de parede, conhecido como DG de centro
de sala.
c) via de regra, o DG de ferragem de centro de sala ocupa muito menos
espaço que um DG de parede convencional;
d) de acordo com as necessidades e características do projeto de
cabeamento, poderá haver a opção por este tipo de DG mesmo que
inicialmente tenha sido projetado o DG de parede convencional.
Neste caso, deve haver uma negociação com a Telefônica objetivando
atender as necessidades do Cliente, compatibilizar a terminação do
cabo de entrada (responsabilidade da Operadora) bem como viabilizar
os trabalhos de operação e manutenção futuramente no prédio;
e) ficará a critério do projetista a opção por DG com prancha de madeira
ou por DG de ferragem, respeitados os limites para o número de
pontos telefônicos acumulados.
1.2.7 – Considerando DG de parede e DG de ferragem, temos como critérios para
dimensionamentos mínimos para a Telefônica dentro de uma sala de
telecomunicações:
a) quando utilizado DG de parede devem ser seguidas as dimensões da
tabela 6 do capítulo 10 do Manual de Redes Telefônicas Internas –
Volume 1 – Tubulação Telefônica em Prédios – Projeto, como espaço
mínimo para a Telefônica – Para os demais serviços previstos, o
responsável pelo projeto deve calcular o espaço adicional necessário.
b) quando utilizado DG de ferragens para centro de sala, este deve ser
posicionado num dos lados da mesma levando-se em consideração o
lado de entrada da tubulação do cabo de entrada da Telefônica.
Deverá ser previsto um afastamento de 1,00 m (mínimo) no lado de
interface com os demais serviços e de 0,80 m (mínimo) em todas as
demais direções, ao redor da estrutura de ferragens. Deve ser previsto
espaço para ampliação igual às dimensões da ferragem original (ver
croquis).
Nota:
- Recomendável que o estudo/projeto de DG de ferragem seja feito a
partir das especificações do fabricante e/ou com o mesmo, preferencialmente.
- Consultas prévias devem ser feitas junto a Telefônica (área de
projetos), onde poderão ser equacionados tipos de ferragem e blocos a serem
usados na sala de telecomunicações, entre outras informações pertinentes.
1.3 – Considerações finais
1.3.1 – A sala de telecomunicações não é de uso exclusivo da Telefônica
1.3.2 – Poderá ser localizada em subsolo
1.3.3 – Recomendável consultas prévias junto a Telefônica
Sumário:
2.1 – Considerações gerais
2.2 – Condições/critérios para localização de caixa de distribuição geral em
subsolo
2.3 – Considerações finais
2.1.1 – Definição – Caixa de distribuição geral:
caixa principal do prédio onde
são terminados e interligados os cabos de rede telefônica externa e o(s) cabo(s)
da rede interna.
2.1.2 – Continua sendo válida a maioria das informações contidas no Manual de
Tubulação Telefônica – Capítulo 6 tendo-se apenas a observar que:
a) a fechadura padrão não deve ser considerada uma obrigatoriedade
podendo-se optar por fechaduras do tipo convencional.
Necessariamente as caixas devem possuir fechadura(s) e não trincos!
b) os blocos terminais exemplificados na figura 3 estão em desuso sendo
que em instalações novas atualmente estão sendo utilizados
somente blocos de engate rápido (BER).
2.1.3 – Quanto à localização da caixa de distribuição geral temos que observar
que deve estar localizada:
a) em áreas comuns;
b) obrigatoriamente em áreas internas e cobertas da edificação;
c) em “halls” de serviço quando existirem.
2.1.4 – Como regra geral, a caixa de distribuição geral de um prédio deve ser
prevista preferencialmente
no andar térreo em local/posição que ofereça
condições satisfatórias de acesso para a realização de serviços e manutenção das
linhas telefônicas no prédio.
2.1.5 – Atualmente, face às características construtivas de alguns prédios e de
alguns critérios que são adotados para otimizar a área do andar térreo, em alguns
casos não é viável, sob o ponto de vista técnico e muita das vezes funcional, a
localização da caixa de distribuição geral neste andar.
Soma-se a isto as dimensões que a própria caixa poderá ter: 200x200x20 cm por
exemplo.
2.1.6 – Não havendo espaço disponível, local ou mesmo posição adequada para a
caixa no andar térreo, temos como alternativa localizar a caixa de distribuição
geral nos pavimentos imediatamente abaixo ou excepcionalmente acima deste
nível (situação/estudo atípico).
2.2 – Condições/critérios para localização de caixa de distribuição em
subsolo
2.2.1 – Em princípio, devem ser direcionados os estudos de projeto para
localização/posicionamento da caixa de distribuição geral no andar térreo do
prédio.
2.2.2 – A caixa no subsolo, não deve ser localizada/posicionada em:
• locais/paredes sujeitas à umidade
• passagem/circulação de veículos
• distante da porta de acesso ao andar térreo
• em recintos fechados, tais como depósitos, casa de máquinas, sala de força,
vestiários e outros.
2.2.3 – O acesso à caixa deve estar livre e desempedido permanentemente.
Recomendável haver uma proteção física no piso, distante da frente da caixa e de
seu(s) lado(s) de, pelo menos 1,50 m, de modo a evitar danos e /ou obstrução por
estacionamento de veículos.
2.2.4 – Uma vez localizada no subsolo, a caixa de distribuição geral ( e
eventualmente caixas de distribuição) deve possuir iluminação adequada de modo
a possibilitar os trabalhos de operação e manutenção nos equipamentos nela
instalados.
2.2.5 – Quando a(s) tubulação(ões) de entrada para subsolo estiver(em) sujeita(s)
à entrada de água (principalmente águas pluviais) deve ser construído/instalado
pela Construtora um dreno forçado na caixa subterrânea de entrada externa
(localizada no passeio da via pública ou recuo do prédio), de modo a impedir a
entrada de água internamente em caixa de passagem ou mesmo diretamente na
caixa de distribuição geral.
2.3 – Considerações finais
De acordo com as condições descritas é viável uma
caixa de distribuição geral estar localizada no subsolo da edificação.
Sumário:
3.1 – Aspectos Tratados
3.2 – Referências normativas
3.3 – Considerações gerais
3.4 – Entrada da rua
3.5 – Caixa subterrânea de entrada
3.6 – Desvios no subsolo
3.7 – Utilização de eletrocalhas e leitos para cabos
3.8 – Considerações para projetos
3.9 – Cabo de entrada – responsabilidades
3.10 – Considerações finais
3.1 – Aspectos tratados
3.1.1 – Entrada da rua
3.1.2 – Caixa subterrânea de entrada
3.1.3 – Desvios no subsolo
3.1.4 – Utilização de eletrocalhas e leitos para cabos
3.1.5 – Cabo de entrada – responsabilidades
3.2 – Referências normativas
3.2.1 – NBR 13726 de Out/1996 – Redes telefônicas internas em prédios –
Tubulação de entrada telefônica – Projeto
3.2.2 – Manual de Redes Telefônicas Internas Volume I – Tubulação telefônica em
prédios – Projeto (1987).
3.3 – Considerações gerais
3.3.1 – A citada NBR 13726 foi elaborada com base no Capítulo 11 do Manual da
TELESP, porém não chega a abordar determinados aspectos construtivos.
3.4 – Entrada da rua
3.4.1 – A(s) tubulação(ões) de entrada para serviços de telecomunicações em um
prédio devem terminar na calçada, a 20 cm do alinhamento do terreno e a 50 cm
de profundidade.
Nota:
No caso de mais de uma tubulação de entrada, as mesmas devem
ter suas paredes externas distanciadas entre si o suficiente para possibilitar o
embolsamento/conexão dos dutos da Telefônica.
3.5 – Caixa subterrânea de entrada
3.5.1 – A caixa subterrânea de entrada na calçada é determinada, projetada e
construída (parte civil) pela Telefônica sob sua responsabilidade e expensas.
No entanto, não se descarta a possibilidade de através de uma negociação
com a Telefônica, esta caixa vir a ser construída pela Construtora.
Em cidades do litoral e do interior, é exigência da Telefônica que as caixas
subterrâneas de entrada dos prédios sejam construídas pelas próprias
Construtoras.
3.5.2 – Recomendável uma consulta prévia à Telefônica referente a entrada
telefônica do prédio com o objetivo de:
a) que a posição e localização da(s) tubulação(ões) na calçada, previstas
no projeto venham a estar compatíveis com a rede existente e com os
trabalhos a serem executados pela Telefônica na via pública.
b) verificar a necessidade ou não de construção de uma caixa (pela
Telefônica) na calçada em frente do prédio, de modo a se detectar
possíveis interferências com entradas de outros serviços (energia
elétrica, gás, água, etc.)
c) tentar compatibilizar prazos para conclusão definitiva da calçada por
ocasião da entrega do prédio ou seja, evitar quebrá-la depois do prédio
pronto.
3.6 – Desvios no subsolo
3.6.1 – Informações gerais:
a) internamente no subsolo do prédio, no trecho compreendido entre o
ponto de entrada da tubulação que vem da rua e o ponto de subida da
prumada, sala de DG ou caixa de distribuição geral, inevitavelmente
haverá necessidade de desvios de obstáculos ou de interferências o
que implicará em várias curvas na(s) tubulação(ões) inviabilizando o
puxamento do cabo telefônico.
Nota:
Normalmente esta(s) tubulação(ões) é (são) projetada(s) junto ao
teto (laje) do subsolo.
b) o número máximo de curvas por lance é dois, não podendo estas curvas
terem deflexão maior que 90º.
Para evitar mais de duas curvas em lances muito extensos, são
projetadas caixas de passagem (em parede ou coluna) tantas quantas
forem necessárias.
c) como referência, considera-se o máximo de 30 m para um lance entre duas
caixas telefônicas, porém esta distância poderá ter uma variação para mais ou
para menos de acordo com:
• o diâmetro da(s) tubulação(ões)
• a capacidade e o tipo do cabo projetado a ser instalado
• as características construtivas no local
d) dependendo dos desvios a serem feitos, podemos ter os seguintes
inconvenientes:
• falta de paredes para a instalação de caixas de passagem
• grande quantidade destas caixas
• caixas de passagem superdimensionadas (tanto na altura como na largura e
profundidade), dependendo da capacidade e características do cabo de
entrada a ser instalado
• curvas (90º), que dependendo da altura dos eletrodutos em relação às caixas
ficam impossibilitados de serem instalados
e)como regra geral, as caixas de distribuição geral, caixas de distribuição e
caixas de passagem devem ser instaladas a 1,30 m do seu centro ao
piso acabado, porém em determinadas situações e/ou condições, esta
medida pode, ou mesmo precisa ser alterada para um pouco menos, ou
para um pouco mais, devido a limitações existentes no local.
• características construtivas no local (janelas baixas, falta de espaços
disponíveis em paredes, etc)
• caixas de outros serviços tais como eletricidade, gás, interfone, alarme, etc.
Nota:
Cumpre lembrar que os eletrodutos ou curvas só podem ser
instalados nas caixas, na sua parte superior ou inferior e excepcionalmente na
lateral esquerda ou direita (sempre nos cantos) e nunca do fundo.
3.7 – Utilização de eletrocalhas e leitos para cabos
3.7.1 – Quando houver problemas ou impedimentos para se projetar um eletroduto
convencional na entrada telefônica até a caixa de distribuição geral ou sala de DG
(ver condições e motivos no ítem 6), ou mesmo por opção do projetista, em
substituição podem ser utilizados, inclusive com vantagens, eletrocalhas ou leitos
metálicos disponíveis no mercado.
3.7.2 – Como estes materiais variam de fabricante para fabricante (dimensão,
acabamento, etc.), não é conveniente que se determine uma padronização e/ou
especificação. Caberá ao projetista, a partir de critérios técnicos, determinar o
material mais adequado para o projeto.
estar compatíveis com o(s) cabo(s) telefônico(s) a ser(em) instalado(s) e/ou
previsto(s) para eventuais futuras instalações no prédio.
3.7.4 – Para tanto, é necessário que se tenha as seguinte informações básicas
referentes ao cabo de entrada a ser instalado:
• tipo
• capacidade
• quantidade final de cabos
• peso
• raio de curvatura
• etc.
Nota:
Ver anexa, a relação dos cabos de entrada utilizados pela Telefônica
com as respectivas características construtivas.
3.7.5 – Para se chegar ao tipo certo de eletrocalha ou leito a ser projetado,
adotamos os seguintes critérios para calcular sua largura, altura, resistência e
principalmente sistema de fixação:
a) largura: igual a 4 vezes o diâmetro externo do(s) cabo(s)
previsto(s).
Nota:
Multiplica-se este valor pela quantidade de cabos previstos. Exemplo:
• Para 1 cabo = 4 vezes o diâmetro externo
• Para 2 cabos = 2(4 vezes o diâmetro externo)
b) altura: igual a 3 vezes o diâmetro externo do cabo previsto
independentemente da sua quantidade. Exemplo:
• Para 1 cabo = 3 vezes o diâmetro externo
• Para 2 cabos = 3 vezes o diâmetro externo
c) resistência: deve ser compatível ao tipo, capacidade e quantidade
do(s) cabo(s) previsto(s) ou seja, quanto maior for a capacidade e
quantidade de cabos, mais robusta deve ser a eletrocalha ou leito
metálico.
Nota:
Via de regra, para cabos com quantidade superior a 200 pares deve-
se optar pelo leito metálico.
d) sistema de fixação: deve estar de acordo com o tipo de eletrocalha
ou leito escolhido
3.7.6 – De acordo com os critérios descritos, vamos ter as seguintes informações
básicas:
• eletrocalha ou leito metálico
• dimensão
• características construtivas (robustez, acabamento, complementos, fixação,
etc.)
3.7.7 – Detalhes gerais de instalação:
a) a eletrocalha ou leito metálico é instalado sob forma aparente, junto ao
teto, onde normalmente é fixado na laje, ou em paredes (também
junto ao teto).
Observação:
Se no trecho da instalação houver forro, este deve ser do tipo
removível em toda extensão da eletrocalha ou leito.
b) o conjunto eletrocalha ou leito/sistema de fixação/suportes, etc. não deve
apresentar qualquer tipo de mobilidade, não devendo pois serem utilizados
conjuntos de suspensão (tirantes, vergalhões e outros);
Motivo:
Problemas durante a instalação do cabo (puxamento ou colocação) e
também em trabalhos de manutenção.
c) a eletrocalha e o leito bem como seus suportes, devem possibilitar um
acesso lateral em toda a sua extensão, devendo ter uma distância
mínima livre de 20 cm da sua parte superior até o teto;
d) quando houver necessidade de união de uma eletrocalha ou leito com
uma ou mais tubulações convencionais devem ser observados alguns
detalhes:
• a(s) extremidade(s) da(s) tubulação(ões) deve(em) adentrar 15 cm da
eletrocalha ou leito a ser(em) firmemente fixada(s) formando um só
conjunto
• a largura da eletrocalha ou leito deve ser igual ou maior que o(s) diâmetro(s)
externo(s) da(s) tubulação(ões)
Nota:
ou leito.
Não é admissível instalar tubulação(ões) nas laterais da eletrocalha
e) a altura da instalação deve ser preferencialmente de até 3,50 m
Observação:
Em locais sob trânsito de veículos, a altura mínima de instalação
deve ser de 2,30 m
f) a eletrocalha ou leito não deve ser posicionado sobre equipamentos
girantes, de alta tensão ou em locais que apresentem riscos de acidentes.
g) restrições:
• não devem contornar colunas ou vigas
• não devem possuir rebarbas, cantos vivos, pontas de parafusos ou porcas em
toda sua parte interna
Motivo:
Não danificar o cabo durante seu puxamento e/ou instalação
• não devem ser utilizados cotovelos e “Tês” retos e sim curvas compatíveis
com os raios de curvaturas dos cabos
3.8 – Parâmetros para projetos
3.8.1 – De acordo com as informações, recomendações, restrições e situações
descritas, o estudo de projeto ou mesmo o projeto de uma entrada telefônica
prevendo utilização de eletrocalhas ou leitos metálicos definirá:
a) o tipo de eletrocalha ou leito metálico
b) as características ou dimensões
c) o trajeto e interferências
d) as vantagens e desvantagens
3.8.2 – A partir destas definições, deve-se consultar os catálogos dos diversos
fabricantes comparando as necessidades de projeto com o que se tem disponível
no mercado. Deve-se sempre evitar “materiais sob encomenda”.
3.8.3 – Uma vez escolhido(s) o(s) fabricante(s) cujos produtos estejam mais
próximos ou mais adequados ao projeto elaborado faz-se necessária a
especificação do material, o que além de viabilizar o projeto irá determinar custos.
3.8.4 – Através da consulta, esta especificação deve, necessariamente ser feita
pelo fabricante de acordo com as informações já definidas em projeto tais como:
a) eletrocalha ou leito metálico
b) dimensões mínimas
c) trajeto e interferências
d) características básicas do(s) cabo(s) previsto(s):
• raio de curvatura
• peso
• diâmetro
• outras
3.8.5 – Por outro lado, o fabricante determinará como especificação:
a) dimensões definitivas
b) sistema(s) de fixação
c) resistência do conjunto ao peso e manuseio do(s) cabo(s)
d) acabamento
f) relação dos complementos da eletrocalha ou leito (curvas, “Tês”,
junções, etc.)
g) detalhes de instalação
h) outros que se fizerem necessários
3.8.6 – Conclusões:
a) De acordo com as condições e situações descritas, a “tubulação de
entrada” de um prédio pode ser projetada total ou parcialmente com
eletrocalha ou leito metálico, internamente até a caixa de distribuição
geral ou sala de telecomunicações.
b) Os critérios apontados, quando observados, evitarão
superdimensionamentos desnecessários, fazendo com que as
eletrocalhas ou leitos tenham somente as medidas necessárias e
suficientes para a instalação e manutenção do(s) cabo(s) projetado(s).
3.9 – Cabo de entrada – Responsabilidades
3.9.1 – Como um breve histórico, temos como informações:
a) Por força da Portaria 175 de 22/08/91 do então MINFRA – Ministério da
Infra-Estrutura, as concessionárias de serviços técnicos eram obrigadas
a instalar os cabos telefônicos de entrada dos prédios desde a rede
pública até a caixa de distribuição geral ou sala de DG, às suas
expensas e responsabilidades, sem ônus para o proprietário ou
Construtor.
Este providenciaria na parte interna do prédio, a(s) tubulação(ões) de
entrada até a caixa ou sala, mediante um projeto previamente
aprovado pela concessionária
b) A partir da aprovação do projeto de tubulação de entrada, a TELESP
elaborava gratuitamente o projeto de dutos e do cabo de entrada do
prédio encaminhado-os para o consultor ou proprietário.
• Este era obrigado a executar, às suas expensas, os dois projetos
contratando uma empresa que fosse cadastrada na TELESP.
• Uma vez aprovados os serviços executados, a TELESP fazia
conexão de cabo de entrada do prédio à sua rede pública
• Tal situação perdurou durante muitos anos
c) Atualmente a Telefônica é responsável pela instalação do cabo de
entrada do prédio até o DG inclusive, sem qualquer tipo de ônus para o
Construtor ou Proprietário, cabendo a este apenas o projeto e a
execução da tubulação de entrada que são previamente aprovados
pela Telefônica.
3.10 – Considerações finais
3.10.1 – Como o cabo de entrada (projeto e instalação) é de sua responsabilidade,
a Telefônica pode interferir no projeto e execução da tubulação de entrada dos
prédios aprovando-os ou não.
3.10.2 – Poderá interferir tanto num projeto com tubulação convencional, como um
projeto com sistema de eletrocalha ou leito metálico, uma sala de
telecomunicações, etc.
3.10.3 – Esta interferência deverá estar embasada em documentação existente ou
argumentação tecnicamente válida.
REF.:
COMPLEMENTAÇÃO DO ASSUNTO 3 (DADOS CONSTRUTIVOS DE CABOS) – TUBULAÇÃO DE ENTRADA SUBTERRÂNEA – ANEXO 3.11 : DADOS CONSTRUTIVOS DE CABOS
3.11.1 – Atualmente para as entradas telefônicas de prédios são utilizados os
cabos telefônicos conhecidos por cabos CTP – APL.
3.11.2 – Estes cabos são constituídos por condutores de cobre nu, isolados por
polietileno ou polipropileno, núcleo enfaixado com material não higroscópico e
protegido por uma capa de APL – fita de alumínio politenada fixa, aderida à capa
externa de pelietileno preta.
3.11.3 – São de diversas capacidades o diâmetro de seus condutores podem
variar de acordo com as necessidades do projeto. (0,40 mm – 0,50 mm – 0,65 mm
– 0,90 mm)
3.11.4 – Também podem ser utilizados cabos CTP-APL-SN que são constituídos
por condutores com diâmetro de 0,50 mm de cobre estanhados, isolados com
polipropileno, núcleo enfaixado com material não higroscópico e protegido por
uma capa APL.
3.11.5 – Para efeito do nosso trabalho, principalmente para se determinar as
características necessárias de uma eletrocalha ou leito metálico, vamos considerar
o cabo atualmente utilizado pela Telefônica nas ligações de prédios: o cabo CTP-
APL com condutores de 0,40 mm.
CABO CTP-APL-40:
Nº PARES
10
20
30
50
100
200
300
400
600
900
1.200
1.800
2.400
DIÂMETRO EXTERNO
NOMINAL (mm)
8,5
10,2
11,5
13,8
17,4
22,8
27,2
30,7
36,8
44,1
50,3
59,7
68,6
PESO LIQUIDO NOMINAL
(Kg/Km)
75
112
150
219
376
698
1014
1313
1931
2840
3724
5485
7242
Raios de curvatura – 10 x o diâmetro externo nominal do cabo.
3.11.6 – Os cabos CTP-APL-SN são indicados para uso em armários de
distribuição, caixas terminais e entradas de prédios, portanto, para informação,
seguem seus dados construtivos:
CABOS CTP-APL-SN-50:
Nº PARES
10
20
30
50
100
200
300
400
600
DIÂMETRO EXTERNO
NOMINAL (mm)
9,4
12,0
13,5
16,5
21,0
28,5
34,5
37,5
49,5
PESO LIQUIDO NOMINAL
(Kg/Km)
93
155
210
320
570
1060
1570
2020
3000
Raios de curvatura – 10 x o diâmetro externo nominal do cabo
3.11.7 – Muitas vezes que utilizar eletrocalha ou leito para conduzirmos o(s)
cabo(s) telefônico(s) da rede interna do prédio propriamente dita, como por
exemplo: trecho no subsolo que vai da sala de telecomunicações à prumada.
3.11.8 – Neste caso, é utilizado um outro tipo de cabo, próprio para instalações
internas denominadas cabos CI.
3.11.9 – Os cabos CI são constituídos por condutores de cobre estanhados,
isolados em PVC, núcleo enfaixado com material não higroscópico, fio de
continuidade de cobre estanhado (0,60 mm), blindagem do conjunto com fita de
alumínio e capa externa na cor cinza.
3.11.10 – São de diversas capacidades e o diâmetro de seus condutores são
de 0,40 mm (CI-40) e de 0,50 mm (CI-50).
3.11.11 – Nas redes internas de prédios, são utilizados os cabos CI-50
notadamente nas redes dirigidas.
CABOS CI-50:
Nº PARES
10
20
30
50
100
200
300
400
600
900
1.200
DIÂMETRO EXTERNO
NOMINAL (mm)
8,3
10,5
12,0
15,0
19,5
27,5
32,5
37,0
44,5
54,0
62,0
PESO LIQUIDO NOMINAL
(Kg/Km)
94
155
215
345
610
1220
1760
2290
3320
4900
6430
Raios de curvatura – 10 x o diâmetro externo nominal do cabo.
Nota:
Informações técnicas obtidas na Pirelli Telecomunicações Cabos e
Sistemas do Brasil S.A.
ASSUNTO 4 – “SHAFT” EM EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS
Sumário:
4.1 – Aspectos tratados
4.2 – Referências normativas
4.3 – Considerações gerais
4.4 – “Shaft” em edifícios residenciais
4.5 – Considerações finais
ASSUNTO 4 – “SHAFT” EM EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS
4.1 – Aspectos tratados
• Breve histórico sobre “shaft”
• O “shaft” e os prédios residenciais
• A rede interna dirigida
• Serviços de comunicação em prédios residenciais
• Compartilhamento de vários serviços numa única prumada
• Dimensionamentos
• Critérios e condições
• Responsabilidades
4.2 – Referências normativas
4.2.1 – Manual de Redes Telefônicas Internas – Volume I – Tubulação Telefônica
em Prédios – Projeto – 1987
4.3 – Considerações gerais
4.3.1 – Via de regra, “shafts” são projetados em edifícios não residenciais
(escritórios principalmente) devido à grande quantidade de pontos telefônicos
calculada, somada à previsão de ampliações e remanejamentos futuros.
4.3.2 – Isto implica em cabos de grande capacidade cuja instalação se torna
praticamente impossível nas caixas e tubulações convencionais o que exigiria
caixas enormes e tubulações superdimensionadas.
4.3.3 – Neste caso, é projetado o “shaft” ou poço de elevação que nada mais é
que um tipo especial de prumada constituída de cubículos e vãos na laje que
fazem as vezes respectivamente das caixas e tubulações de uma prumada
convencional.
4.3.4 – Os cubículos, cuja altura pode corresponder ao “pé direito” do andar,
possibilitam sem dificuldades, a curvatura e a arrumação de vários tipos de cabos
e de grande capacidade.
Os vãos ou aberturas nas lajes não apresentam as limitações dos eletrodutos
podendo ter até a largura do cubículo e chegar até 20 cm de profundidade.
4.3.5 – De acordo com as características construtivas do prédio (notadamente
quanto às prumadas de serviço), ou mesmo por opção do projetista, poderá ser
utilizado o sistema de “shaft” em edifícios residenciais de qualquer porte em
substituição à prumada dirigida usual.
4.4 – “Shaft” em edifícios residenciais
4.4.1 – Considerando:
a) A oferta de prestação de vários outros tipos de serviço além da
telefonia:
• TV a cabo
• Alarme patrimonial
• Dados
• Circuito fechado de TV
• Interfone
• e outros
b) A dificuldade cada vez maior em se ter espaços disponíveis nas áreas
comuns dos prédios residenciais para as diversas prumadas dos
diversos serviços atualmente disponíveis.
c) Que de acordo com a política vigente, as redes internas (projeto,
instalação e manutenção) são de inteira responsabilidade dos
Construtor, Proprietário ou responsável.
Conclui-se:
É viável e até necessário em alguns projetos, a construção de uma “shaft”
como prumada tendo-se basicamente como proposta:
• reunir numa só prumada todos os serviços com alguma função de
telecomunicações prevista para o prédio
• à semelhança de uma sala de telecomunicações, o espaço projetado na
• prumada poderá ser comum a outros serviços de
comunicações/telecomunicações deixando de ser de uso exclusivo para
telefonia
• neste caso/condição a prumada será constituída por um “shaft’ com
características específicas
4.4.2 – As dimensões do “shaft” (cubículo e abertura(s) na laje) bem como suas
características construtivas deverão ser efetuadas conjuntamente com os demais
projetos. Teoricamente, o dimensionamento final do “shaft residencial” será igual a
somatória das necessidades de espaço e condição de cada serviço
previsto/planejado.
4.4.3 – Como para os demais serviços possíveis citados na alínea a) do ítem 4.1
podem existir vários fabricantes, torna-se impossível ter-se uma tabela com os
espaços e condições de instalação necessários para cada tipo de serviço.
Somente para a instalação da rede interna dos cabos e fio telefônicos é que se
pode ter um espaço (dimensões inclusive) pré-determinado ou determinado em
tabela: mínimo de 40x40x15 e máximo de 60x60x15.
Nota:
Com exceção das caixas e tubulações, para efeito de projeto, trata-
se do mesmo princípio da prumada residencial dirigida – Cap. 15 ítem 15.06 do
Manual de Tubulação da TELESP.
4.4.4 – Para um projeto prevendo um “shaft” em um edifício residencial devem ser
observadas e estudados o seguintes aspectos:
• critérios e posicionamento de cada serviço pretendido
• critérios para dimensionamento de cada serviço
• identificação e individualização de cada serviço
• interligação através de abertura(s) na laje ou tubulações convencionais
• detalhes gerais construtivos
• ferragens e/ou sistemas de fixação
• recomendações diversas
4.5 – Considerações finais
É viável a construção de “shaft” em edifícios residenciais para efeito de uso
compartilhado por telefonia e demais serviços com função de telecomunicações.
Observação:
Atendendo às exigências do Corpo de Bombeiros, todos os shafts
devem ser vedados com elementos resistentes a 2 horas de fogo (lã de rocha,
concreto, etc.)
ASSUNTO 5 – NÚMERO DE PONTOS TELEFÔNICOS EM
APARTAMENTOS
Sumário:
5.1 – Aspectos tratados
5.2 – Referências normativas
5.3 – Situação atual
5.4 – Novos critérios/conclusão
5.1 – Aspectos tratados
• Breve histórico
• Maior demanda de linhas telefônicas
• Oferta de novos serviços
• Antigos atuais critérios
• Novos critérios
5.2 – Referências normativas
5.2.1 – Manual de Redes Telefônicas Internas Volume I – Tubulação Telefônica
em Prédios – Projeto – 1987.
5.3 – Situação atual
5.3.1 – Considerando que:
a) atualmente a oferta, disponibilidade e facilidade da Telefônica
favorecem e facilitam a seus clientes a aquisição de uma 2ª ou 3ª
linha telefônica;
b) a crescente popularização da Internet está fazendo com que seus
usuários venham a ter uma 2ª linha exclusiva para este tipo de serviço;
c) está crescendo o número de pessoas que trabalham em casa e que
vêm adquirindo uma ou mais linhas telefônicas adicionais (internet, fax,
etc).
Observamos que:
a) as redes telefônicas internas dos prédios residenciais passaram a ter
uma necessidade maior de pares disponíveis fazendo com que tenham
que ser urgentemente revistos atuais critérios para seu
dimensionamento
b) surpreendentemente esta situação vem abrangendo também os
prédios populares
Nota:
Não confundir com prédios de interesse social
5.3.2 – Pelo exposto, vamos fazer uma comparação com os atuais critérios, ainda
utilizados para previsão de pontos telefônicos:
• apartamentos de até 3 dormitórios: 1 ponto telefônico
• apartamentos de 4 dormitórios: 2 pontos telefônicos
• apartamentos populares: 1 ponto telefônico
Nota:
Não confundir ponto telefônico com tomada telefônica (ver ítem 03)
Hoje, se elaboramos um projeto adotando tais critérios corremos um
grande risco de termos uma rede interna (tanto de tubulação como de cabos!)
subdimensionada a curto prazo.
Cumpre observar que estes critérios foram estabelecidos há 17 anos atrás,
época em que praticamente não existia oferta de linhas telefônicas.
5.3.3 – A quantidade, instalação ou não de um telefone era baseada no maior ou
menor valor do imóvel o que significava na época, maior ou menor poder aquisitivo
do futuro proprietário ou futuro morador.
5.4 – Novos critérios/considerações finais
5.4.1 – Apresentam-se como novos critérios par previsão de pontos telefônicos em
prédios residenciais (apartamento).
a) apartamentos até 2 dorm. – Mínimo 2 pontos telefônicos
b) apartamentos de 3 ou mais dorm. – Mínimo 3 pontos telefônicos
c) Residências – Mínimo 3 pontos telefônicos
d) Prédios / Residências de interesse social – Mínimo 1 ponto telefônico
Nota:
Para prédios de luxo e alto luxo, cuja quantidade de ambientes
internos (dormitórios, sala, escritórios, etc) foge dos padrões convencionais,
recomenda-se adotar critérios diferenciados (mais de 3 pontos telefônicos) inclusive até, baseados num trabalho de “marketing” da Incorporadora/Construtora.
Observa-se também que nestes tipos de apartamentos não raro acontecer de ser
instalada uma central telefônica doméstica de pequeno porte.
5.4.2 – Estes novos critérios visam não haver comprometimento na prestação de
serviços de telecomunicações e evitar prejuízos decorrentes de instalações novas,
subdimensionadas e inadequadas.
6.1 – Aspectos tratados
6.2 – Referências normativas
6.3 – Considerações gerais
6.4 – Critérios para localização de pontos para telefones (tomadas telefônicas)
6.5 – Considerações finais
6.1 – Aspectos tratados:
• Definições importantes
• Critérios
• Responsabilidades
6.2 – Referências normativas
6.2.1 – Manual de Tubulação da TELESP
6.3 – Considerações gerais
6.3.1 – Não deve se confundir ponto telefônico com ponto para telefone ou
tomada telefônica ou extensão.
• Ponto telefônico – é a previsão de demanda de um telefone principal que
utiliza par da rede telefônica pública, que é conectado à rede interna do
prédio e desta até o apartamento em local previamente determinado.
• Tomada telefônica
– é o dispositivo para a conexão da fiação vinda da
rede interna do prédio e o aparelho telefônico. A tomada é
disponibilizada/instalada nos ambientes internos do apartamento e sua
quantidade não corresponde necessariamente à quantidade dos pontos
telefônicos previstos.
Observação:
O padrão de tomada é do tipo RJ-11, não sendo mais utilizado o tipo
de 4 pinos – Padrão TELEBRÁS.
• Ponto para telefone – corresponde em linguagem de projeto, ao local onde
será posicionada a caixa onde será instalada a tomada para a conexão de
um telefone ou extensão.
Nota:
É importante ressaltar essa diferenciação pois é somente a quantidade de
pontos telefônicos que determina o dimensionamento de uma rede telefônica
interna (cabos e tubulação).
telefônicas)
6.4.1 – Basicamente são válidos os critérios estabelecidos no Manual de
Tubulação da TELESP com a ressalva de que em cozinhas não deve ser
considerada uma obrigatoriedade
telefone.
6.5 – Considerações finais
a localização/instalação de caixa para
6.5.1 – Deve ser responsabilidade do projetista o(s) critério(s) para localizar,
posicionar e quantificar as caixas para tomadas telefônicas nas dependências
internas dos apartamentos.
Sumário:
7.1 – Aspectos tratados
7.2 – Considerações gerais
7.3 – Materiais diversos
7.4 – Considerações finais
7.1 – Aspectos tratados
• Materiais tradicionais
• Materiais correlatos disponíveis no mercado
• Análise de algum material/produto
• Recomendações e restrições
7.2 – Considerações gerais
7.2.1 – Hoje, basicamente são utilizados em instalações telefônicas internas
residenciais:
• eletrodutos convencionais (para fiação e cabos)
• caixas 4”x4” e 4”x2” (para fiação e tomadas)
• eletrocalhas ou leitos metálicos (para cabos)
7.3 – Materiais diversos
7.3.1 – Abaixo alguns comentários sobre estes materiais, referentes a aplicação,
restrições, recomendações, etc.
a) Conduletes e curvas metálicas com inspeção:
• podem ser utilizados nas instalações de fiação e cabos telefônicos internos
bastante flexíveis e de pequena capacidade (até 6 pares).
Observação:
Desaconselhável a utilização para cabos com capacidade superior a
06 pares os quais apresentam limitações em seus raios de curvatura (veja
catálogos de fabricantes).
normalmente são instalados de forma aparente
b) Eletrocalhas (perfuradas ou lisas) e leitos metálicos:
• totalmente viável sua utilização em instalações telefônicas internas.
c) Perfilados:
utilização viável, apresentando algumas limitações
7.4 – Considerações finais
7.4.1 – Os vários materiais/produtos correlatos existentes no mercado, devem ser
analisados individualmente, de modo a se verificar sua compatibilidade com os
materiais telefônicos que neles serão instalados (cabos, fios, etc.).
ASSUNTO 8 – CONJUNTO DE CASAS OU EDIFÍCIOS
CIRCUNSCRITOS NUMA MESMA ÁREA
Sumário:
8.1 – Aspectos tratados
8.2 – Situações
8.3 – Característica básica da rede externa
8.4 – Considerações finais
8.1 – Aspectos tratados
• Tipos de situações/definições
• Legislações municipais
• A entrada telefônica
• A rede telefônica interna
• Procedimentos para projeto
• Responsabilidades
8.2 – Situações
8.2.1 – Neste tipo de situação, via de regra, temos uma sala de DG ou sala de
telecomunicações, localizada na entrada principal do empreendimento onde são
terminados os cabos da entrada telefônica e os cabos da rede interna.
8.2.2 – Condomínio fechado
– conjunto de casas ou prédios situados em área
particular e fisicamente fechada (muro, cerca, etc.)
a) o acesso à esta área é restrito aos moradores das casas ou prédios
chamados de condôminos
b) possui portão de entrada, guarita e/ou sala de administração e porteiro,
além de recursos de segurança
c) ninguém entra sem uma devida autorização pois todas as ruas internas
são particulares
d) existe a figura do Condomínio legalmente constituído
e) instalações telefônicas – responsabilidades:
• tubulação de entrada: Condomínio
• cabo de entrada e ligação à rede pública: Telefônica
• rede interna: Condomínio
- externamente (aérea ou subterrânea)
- internamente nos prédios
8.2.3 – Loteamento fechado – conjunto de casas ou prédios situados numa única
área pública e fisicamente fechado.
a) o acesso a esta área, casas ou prédios é/deve ser público pois todas as
ruas “internas” são ruas públicas;
b) possuem portão de entrada, guarita e/ou sala de administração e
porteiro e até esquema de segurança;
c) não existe, ou seja, não pode existir um condomínio legalmente
constituído, o que normalmente ocorre é a formação de uma
associação de moradores destinada a tratar de assuntos gerais e
comuns do loteamento principalmente junto à prefeitura municipal;
d) o loteamento é fisicamente fechado devido a uma autorização especial
ou decreto da prefeitura que, inclusive, faz uma série de restrições e
estabelece regras, procedimentos e responsabilidades em tratativas
formais com a associação dos moradores formalmente constituída;
e) intencionalmente ou não, loteamento fechado é denominado ou
conhecido errôneamente por condomínio fechado inclusive em
propagandas de venda;
f) instalações telefônicas – responsabilidades:
"tubulação de entrada:
não deveria existir em loteamentos
Nota:
fechados porém, a presença da guarita e/ou sala de administração e
porteiro proporciona a construção de um recinto para um DG, que
terá a função de um armário de distribuição de rede pública e não de
uma sala de telecomunicações propriamente dita
1 – Quase em todas as situações de implantação de um “loteamento
fechado” a construção da “sala de DG” e da “tubulação de entrada” é executada
pelo empreendedor mediante orientação da própria Telefônica.
8.3 – Características básicas da rede externa
8.3.1 – Em condomínios fechados a rede pode ser:
aérea – com cabo de no máximo de 200 pares, instalado através da
posteação da Eletropaulo, se houver
subterrânea – utilizando-se caixas subterrâneas padronizadas
Nota:
Poderá ser total ou parcialmente subterrânea e ainda admitir o
compartilhamento com outros serviços (TV a cabo, circuito fechado de TV, etc.)
8.3.2 – Em loteamentos fechados, a rede pode ser aérea ou subterrânea, total
ou parcialmente, de acordo com os projetos e critérios da Telefônica.
Nota:
Por se tratar de uma rede pública, não é admissível o
compartilhamento com outros serviços.
8.4 – Considerações finais
8.4.1 – Em condomínios fechados a Telefônica só instala e liga o cabo de entrada
e não executa a rede externa internamente nas ruas/áreas particulares.
Nota:
Não se descarta a possibilidade de uma negociação Condomínio ou
empreendedor x Telefônica
8.4.2 – Em loteamentos fechados, toda a rede telefônica externa “internamente” é
considerada pública portanto de total responsabilidade e ônus da Telefônica
(projeto e execução).
Nota:
Também existe a possibilidade de uma negociação por interesse de ambas
as partes.
ASSUNTO
PARA APRESENTAÇÃO NA TELEFÔNICA DO PROJETO DE TUBULAÇÃO DE ENTRADA SUBTERRÂNEA
Sumário:
9.1 – Aspectos tratados
9.2 – Referências normativas
9.4 – Plantas e dados do projeto
9.5 – Considerações finais
ASSUNTO
9.1 – Aspectos tratados
• Normalização oficial existente
• Responsabilidades
• Plantas do projeto
• Memorial descritivo
• Apresentação e identificação do projeto
9.2 – Referências normativas
9.2.1 – NBR 13726 – Out/1996 – Redes telefônicas internas em prédios –
Tubulação de entrada telefônica – Projeto
9.2.2 – NBR 13727 – Out/1996 – Redes telefônicas internas em prédios –
Planta/partes componentes de projeto de tubulação telefônica
9.3 – Considerações gerais
9.3.1 – A documentação necessária para apresentação da Telefônica deve se
referir somente ao projeto da tubulação de entrada do prédio, que compreende do
trecho que vai do limite do terreno, na calçada, até a caixa de distribuição geral ou
sala de telecomunicações.
9.3.2 – A Telefônica deve analisar o projeto apresentado aprovando-o ou não, pois
a ela cabe a responsabilidade pelo projeto e instalação do cabo de entrada, bem
como sua compatibilização com a rede telefônica pública.
9.3.3 – O projeto e a instalação da rede interna do prédio, compreendendo a
tubulação, cabeamento e fiação é responsabilidade do empreendedor, Construtor
ou Proprietário e não necessita ser apresentado para a Telefônica.
9.3.4 – De acordo com a regulamentação vigente, entende-se que não cabe a
Telefônica interferir direta ou indiretamente nos projetos ou instalações telefônicas
internas.
9.4 – Plantas e dados do projeto
9.4.1 – As plantas necessárias
telefônica subterrânea são:
a) Para desenho: para um projeto de tubulação de entrada
- planta baixa do andar térreo e subsolo(s) aonde são
representados
• o projeto de tubulação de entrada e/ou canaletas ou leitos metálicos
• localização e posicionamento das caixas de passagem
• a localização e posicionamento da caixa de distribuição geral ou sala de
telecomunicações
• a localização e posicionamento da prumada telefônica
• o posicionamento da(s) tubulação(ões) de entrada em relação a parte externa
o prédio
• sistema de aterramento a partir da caixa de distribuição geral ou sala de
telecomunicações
Notas:
– devem estar indicados os respectivos dimensionamentos
– plantas em escala 1:50 ou 1:100
– plantas de situação e localização onde são representados:
• o trajeto e posicionamento da(s) tubulação(ões) de entrada/eletrocalha ou leito
• metálico da caixa de distribuição geral ou sala telecomunicações até o
alinhamento predial indicando caixas de passagens internas (subterrâneas ou
de parede) se houver;
• ponto adequado no alinhamento do prédio onde serão terminada(s) a(s)
tubulação(ões) da entrada telefônica.
Nota:
Devem estar indicados os respectivos dimensionamentos
– esquemático vertical – somente até o andar onde está localizada
a caixa de distribuição geral ou sala de telecomunicações onde são
representados:
• um corte esquemático com a tubulação de entrada (com eletrocalhas e leitos
se houver) do alinhamento predial até a caixa de distribuição geral ou sala de
telecomunicações, indicando caixas de passagem se houver;
• a interligação da caixa de distribuição geral ou sala até a posição da prumada
telefônica;
• aterramento da caixa de distribuição geral ou sala de telecomunicações
Notas:
– Devem estar indicados os respectivos dimensionamentos
– O esquemático vertical não deve ser desenhado na própria planta de
corte ou fachada do projeto de arquitetura
b) Para consultas, quando necessário, devidamente esclarecido na carta
de solicitação de documento:
• corte
• perfil do terreno
• detalhes, catálogos de materiais
• outros que se fizerem necessários naquele caso específico
9.4.2 – Memorial descritivo – deve fazer parte integrante do projeto e conter
informações específicas e/ou complementares para a análise completa do projeto
elaborado. Deve conter:
a) Dados básicos:
• endereço completo;
• nome do prédio (se houver);
• proprietário (pessoa física ou jurídica);
• construtora: nome e endereço;
• engenheiro responsável: nome, endereço e CREA;
• responsável pelo projeto: nome, endereço, telefone e CREA;
• responsável pela instalação da tubulação telefônica (se houver): nome,
endereço, telefone e CREA;
• previsão para início e término da construção do prédio
b) Informações gerais/dados estatísticos:
• tipo do prédio (residencial, residencial popular ou de interesse social);
• quantidade de andares;
• número total de apartamentos por andar;
• número de dormitórios por apartamento
• número total de pontos telefônicos previstos:
- por apartamento
- por andar
- para o prédio (total acumulado)
c) Descrição geral do projeto – correspondendo a um trabalho descritivo
sucinto abordando os seguintes aspectos:
• canalização subterrânea: tipo(s) de caixa, tubulações, observações quanto a
eventuais interferências, dimensionamento, características gerais de instalação
• caixa de distribuição geral ou sala de telecomunicações: localização,
dimensões e suas características
• sistema de aterramento: características dos materiais utilizados e principais
aspectos ou projeto desenvolvido
Nota:
Na descrição geral do projeto devem ser referenciados detalhes,
desenhos ou catálogos anexos.
9.4.3 – Identificação – as plantas com desenho do projeto, esquemático vertical e
folhas de detalhes devem estar identificadas com legenda própria e numeradas.
As legendas devem conter os seguintes dados:
• nome da empresa e/ou profissional responsável pelo projeto: nome, número do
registro no CREA, dados e assinatura
• obra: nome e endereço
• título: identificação do desenho, planta dos andares, esquemático, detalhes,
planta de situação, localização e outros
• projetista: nome do projetista
• número do desenho
• escala: escala(s) do desenho
• folha: número da folha do projeto
Nota:
– A formatação e as dimensões da legenda não são padronizadas
– O projeto deve ser assinado pelo responsável técnico e ter
anexada a A.R.T. original ou xerox autenticada.
– O projeto completo deve ser encaminhado a Telefônica por meio
de carta assinada pelo responsável.
9.5 – Considerações finais
9.5.1 – Para análise a aprovação do projeto de tubulação de entrada de um
prédio, a Telefônica não pode exigir plantas ou projetos referentes à rede interna.
9.5.2 – Na eventual necessidade de informações ou mesmo plantas adicionais
específicas para subsidiar a análise do projeto, a Telefônica, não deverá devolvê-
las com um laudo de análise de projeto NÃO APROVADO ou APROVADO
EXCEPCIONALMENTE!
Deverá haver um contato com responsável pelo projeto objetivando dirimir
dúvidas, primeiramente através de um contato telefônico ou se necessário através
de um reunião de caráter técnico – informativa.
Sumário:
10.1 – Aspectos tratados
10.2 – Referências normativas
10.3 – Considerações gerais/preliminares
10.4 – Rede telefônica interna
10.5 – PTR – Ponto de Terminação da Rede
10.6 – Responsabilidades
10.7 – Identificação par rede interna/cliente
10.8 – Considerações finais
10.1 – Aspectos tratados
• Procedimentos vigentes
• PTR – Ponto de Terminação da Rede
• Responsabilidades
• Identificação na rede interna
10.2 – Referências normativas
10.2.1 – NBR 13300 – Mar/1995 – Redes Telefônicas internas em prédios – Terminologia.
10.3 – Considerações gerais/preliminares
10.3.1 – De acordo com a regulamentação vigente, as Operadoras de serviços
telefônicos são responsáveis pela instalação dos cabos de entrada dos edifícios
desde a rede pública até a caixa de distribuição geral ou sala de
telecomunicações, às suas expensas, sem ônus para o proprietário ou Construtor.
10.3.2 – O Construtor providencia somente a implantação da(s) tubulação(ões) de
entrada até a caixa ou sala, mediante um projeto prévio e formalmente aprovado
pela Telefônica.
10.3.3 – Uma vez instalada e aprovada a tubulação de entrada, os serviços de
ligação do edifício (construção de dutos, instalação do cabo de entrada e
eventualmente alguns serviços complementares na rede pública) são executados
pela Telefônica sob sua responsabilidade e expensas.
10.3.4 – A finalização de uma entrada telefônica se dá com a terminação do cabo
na caixa de distribuição geral ou sala de telecomunicações (conexão em blocos
terminais) e sua ligação à rede pública.
10.4 – Rede telefônica interna
10.4.1 – Ainda de acordo com a regulamentação em vigor, todos os serviços
pertinentes à rede telefônica internamente nos edifícios, são de responsabilidade
do Construtor ou proprietário do prédio.
10.4.2 – Estes serviços compreendem a elaboração do projeto, a instalação das
tubulações, caixas, “shafts” e outros, abrangendo também a instalação dos blocos
terminais, fios e cabos telefônicos.
10.4.3 – Os cabos da rede telefônica interna assim como o cabo de entrada da
Telefônica são terminados na caixa de distribuição ou sala de telecomunicações
denominada então de PTR (Ponto de Terminação da Rede).
10.5 – PTR – Ponto de Terminação da Rede
10.5.1 – Como definição, é o ponto de conexão física à rede telefônica pública,
que se localiza na propriedade imóvel do Cliente e que atende às especificações
técnicas necessárias para permitir, por seu intermédio, o acesso individual ao
serviço telefônico público.
10.5.2 – Então, no PTR, são terminados e devidamente numerados todos os pares
da rede externa (cabo de entrada da Telefônica) e todos os pares da rede
telefônica interna do edifício, através dos quais são ligadas as linhas telefônicas
para os Clientes.
10.5.3 – Estas linhas são ligadas com jampeamentos no PTR e conexões de fios
telefônicos nas caixas de distribuição internas e destas para as tomadas/aparelhos
telefônicos dos Clientes.
10.6 – Responsabilidades
10.6.1 – Além das responsabilidades descritas e bem definidas, temos que
considerar para o atendimento final ao cliente:
a) a conexão do par da rede externa com o par da rede interna no PTR
(jampeamento) deve ser executada pela Telefônica na ocasião da
instalação da linha telefônica propriamente dita;
Nota:
De acordo com os procedimentos/regulamentação vigente, a
Telefônica ou seus contratados não podem executar serviços nas redes internas
dos edifícios (caixas de distribuição, fiação, etc.) ou seja, após o PTR.
Nesta condição, para a ligação de linhas telefônicas em prédios, a Telefônica deve
encontrar no local a identificação dos respectivos pares da rede interna, para
poder fazer a devida conexão par da rede externa x par da rede interna.
b) a conexão/instalação do fio telefônico na caixa de distribuição até a
tomada telefônica no apartamento (exemplo!) denominada de pré-fiação, deve ser
executada pelo Construtor, nos trabalhos de instalação dos cabos telefônicos
internos que é de sua responsabilidade.
Nota:
Consequentemente nesta etapa, deve ser feita a identificação dos
pares da rede disponibilizados para cada apartamento (par(es) da rede interna x
apartamento).
10.6.2 – A identificação dos pares da rede interna deve estar disponibilizada no
local para a Telefônica, que fará a conexão/instalação da linha telefônica no PTR
sem ter que “descobrir” o par interno no prédio.
Notas:
- Quando não encontrar no local o par da rede interna prévia e
devidamente identificado, a Telefônica não será responsável pela conexão par da
rede externa x par da rede interna através de fio jamper.
- Caberá à Telefônica estabelecer os critérios para que esta
identificação sempre esteja disponível nos prédios.
10.7 – Identificação par rede interna/assinante
10.7.1 – Esta identificação pode vir a ser feita em duas situações distintas:
a) na construção do edifício/instalação da rede interna – identificação geral
ou seja, de todo o prédio (obrigatória por ocasião da instalação do
cabo de entrada).
b) em edifícios já existentes – identificação individual por ocasião da
instalação da linha telefônica (obrigatória por parte do Cliente).
10.7.2 – A identificação geral pares interna x apartamentos, ou
apartamentos/assinantes poderá ser padronizada conforme modelo sugestão
anexa. (Anexo)
10.8 – Considerações finais
10.8.1 – Recomendável que as ligações dos prédios sejam executadas/efetivadas
somente com as respectivas redes internas já executadas e também devidamente
identificadas.
10.8.2 – A identificação geral dos pares da rede interna deve fazer parte integrante
do respectivo projeto executivo.
REF.: COMPLEMENTAÇÃO ASSUNTO 10 – ANEXO 10.9 (EXEMPLO)
Edifício:___________________________________________________________
_____
End.:_____________________________________________________________
______
IDENTIFICAÇÃO/LOCALIZAÇÃO DOS PARES
DA REDE TELEFÔNICA INTERNA
•Cx. nº 1 1-20 (14º and) – 16º ao 12º andares
•Cx. nº 2 21-40 (14º and) – 11º ao 7º andares
•Cx. nº 3 41-60 (14º and) – 6º ao 1º andares
CX. Nº 1 / PRS.
PAR 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
APTO / AND.
OBSERVAÇÕES
CX. N.º 2 / PRS.
PAR 21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
APTO / AND.
OBSERVAÇÕES
CX. N.º 3 / PRS.
PAR 41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
CX. DIST. GERAL
APTO / AND.
OBSERVAÇÕES
OBSERVAÇÕES
Notas:
1 – O modelo/sugestão da Tabela de Identificação/localização dos
Pares da Rede telefônica Interna apresentada, corresponde a um exemplo de um
prédio/rede interna com as seguintes características básicas:
a) 16 andares;
b) 2 aptos/andar;
c) Prumada dirigida;
d) Rede dirigida com 3 cabos de 20 pares;
e) 3 caixas de distribuição de 20 pares cada;
f) cada caixa de distribuição atende a 5 andares/10 apartamentos.
2 – Interpretação da tabela/modelo apresentado:
1º - Nome e endereço do prédio;
2º - Numeração, distribuição, andares onde estão localizadas as caixas de
distribuição e os andares que cada caixa atende;
3º - Coluna 1 – os respectivos pares de cada caixa de distribuição;
Coluna 2 – o número e o andar do apartamento a ser atendido pelo
par correspondente;
Coluna 3 – observações diversas tais como: nº da linha telefônica, par
com defeito, extensão interna, nome do cliente, etc.
3 – A tabela apresentada pode ser utilizada tanto num trabalho de
pré-fiação (par ou pares disponibilizados para cada apartamento) ou num trabalho
de identificação de pares e/ou telefones em prédios já existentes.
USP
sexta-feira, 27 de maio de 2011
VPN
Liou Kuo Chin
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)
Introdução
Aplicações para redes privadas virtuais
Requisitos básicos
Tunelamento
Protocolos de tunelamento
O funcionamento dos túneis
Protocolos × Requisitos de tunelamento
Tipos de túneis
IPSEC – Internet Protocol Security
Conclusão
Referências
O uso de Redes Privadas Virtuais representa uma alternativa interessante na racionalização dos custos de redes corporativas oferecendo "confidencialidade" e integridade no transporte de informações através de redes públicas.
^
Introdução
A idéia de utilizar uma rede pública como a Internet em vez de linhas privativas para implementar redes corporativas é denominada de Virtual Private Network (VPN) ou Rede Privada Virtual. As VPNs são túneis de criptografia entre pontos autorizados, criados através da Internet ou outras redes públicas e/ou privadas para transferência de informações, de modo seguro, entre redes corporativas ou usuários remotos.
A segurança é a primeira e mais importante função da VPN. Uma vez que dados privados serão transmitidos pela Internet, que é um meio de transmissão inseguro, eles devem ser protegidos de forma a não permitir que sejam modificados ou interceptados.
Outro serviço oferecido pelas VPNs é a conexão entre corporações (Extranets) através da Internet, além de possibilitar conexões dial-up criptografadas que podem ser muito úteis para usuários móveis ou remotos, bem como filiais distantes de uma empresa.
Uma das grandes vantagens decorrentes do uso das VPNs é a redução de custos com comunicações corporativas, pois elimina a necessidade de links dedicados de longa distância que podem ser substituídos pela Internet. As LANs podem, através de links dedicados ou discados, conectar-se a algum provedor de acesso local e interligar-se a outras LANs, possibilitando o fluxo de dados através da Internet. Esta solução pode ser bastante interessante sob o ponto de vista econômico, sobretudo nos casos em que enlaces internacionais ou nacionais de longa distância estão envolvidos. Outro fator que simplifica a operacionalização da WAN é que a conexão LAN-Internet-LAN fica parcialmente a cargo dos provedores de acesso.
^
Aplicações para redes privadas virtuais
Abaixo, são apresentadas as três aplicações ditas mais importantes para as VPNs.
ACESSO REMOTO VIA INTERNET
O acesso remoto a redes corporativas através da Internet pode ser viabilizado com a VPN através da ligação local a algum provedor de acesso (Internet Service Provider - ISP). A estação remota disca para o provedor de acesso, conectando-se à Internet e o software de VPN cria uma rede virtual privada entre o usuário remoto e o servidor de VPN corporativo através da Internet.
CONEXÃO DE LANS VIA INTERNET
Uma solução que substitui as conexões entre LANs através de circuitos dedicados de longa distância é a utilização de circuitos dedicados locais interligando-as à Internet. O software de VPN assegura esta interconexão formando a WAN corporativa.
A depender das aplicações também, pode-se optar pela utilização de circuitos discados em uma das pontas, devendo a LAN corporativa estar, preferencialmente, conectada à Internet via circuito dedicado local ficando disponível 24 horas por dia para eventuais tráfegos provenientes da VPN.
CONEXÃO DE COMPUTADORES NUMA INTRANET
Em algumas organizações, existem dados confidenciais cujo acesso é restrito a um pequeno grupo de usuários. Nestas situações, redes locais departamentais são implementadas fisicamente separadas da LAN corporativa. Esta solução, apesar de garantir a "confidencialidade" das informações, cria dificuldades de acesso a dados da rede corporativa por parte dos departamentos isolados.
As VPNs possibilitam a conexão física entre redes locais, restringindo acessos indesejados através da inserção de um servidor VPN entre elas. Observe que o servidor VPN não irá atuar como um roteador entre a rede departamental e o resto da rede corporativa uma vez que o roteador possibilitaria a conexão entre as duas redes permitindo o acesso de qualquer usuário à rede departamental sensitiva. Com o uso da VPN o administrador da rede pode definir quais usuários estarão credenciados a atravessar o servidor VPN e acessar os recursos da rede departamental restrita. Adicionalmente, toda comunicação ao longo da VPN pode ser criptografada assegurando a "confidencialidade" das informações. Os demais usuários não credenciados sequer enxergarão a rede departamental.
^
Requisitos básicos
No desenvolvimento de soluções de rede, é bastante desejável que sejam implementadas facilidades de controle de acesso a informações e a recursos corporativos. A VPN deve dispor de recursos para permitir o acesso de clientes remotos autorizados aos recursos da LAN corporativa, viabilizar a interconexão de LANs de forma a possibilitar o acesso de filiais, compartilhando recursos e informações e, finalmente, assegurar privacidade e integridade de dados ao atravessar a Internet bem como a própria rede corporativa. A seguir são enumeradas características mínimas desejáveis numa VPN:
Autenticação de Usuários
Verificação da identidade do usuário, restringindo o acesso às pessoas autorizadas. Deve dispor de mecanismos de auditoria, provendo informações referentes aos acessos efetuados - quem acessou, o quê e quando foi acessado.
Gerenciamento de Endereço
O endereço do cliente na sua rede privada não deve ser divulgado, devendo-se adotar endereços fictícios para o tráfego externo.
Criptografia de Dados
Os dados devem trafegar na rede pública ou privada num formato cifrado e, caso sejam interceptados por usuários não autorizados, não deverão ser decodificados, garantindo a privacidade da informação. O reconhecimento do conteúdo das mensagens deve ser exclusivo dos usuários autorizados.
Gerenciamento de Chaves
O uso de chaves que garantem a segurança das mensagens criptografadas deve funcionar como um segredo compartilhado exclusivamente entre as partes envolvidas. O gerenciamento de chaves deve garantir a troca periódica das mesmas, visando manter a comunicação de forma segura.
Suporte a Múltiplos Protocolos
Com a diversidade de protocolos existentes, torna-se bastante desejável que uma VPN suporte protocolos padrão de fato usadas nas redes públicas, tais como IP (Internet Protocol), IPX (Internetwork Packet Exchange), etc.
^
Tunelamento
As redes virtuais privadas baseiam-se na tecnologia de tunelamento cuja existência é anterior às VPNs. Ele pode ser definido como processo de encapsular um protocolo dentro de outro. O uso do tunelamento nas VPNs incorpora um novo componente a esta técnica: antes de encapsular o pacote que será transportado, este é criptografado de forma a ficar ilegível caso seja interceptado durante o seu transporte. O pacote criptografado e encapsulado viaja através da Internet até alcançar seu destino onde é desencapsulado e decriptografado, retornando ao seu formato original. Uma característica importante é que pacotes de um determinado protocolo podem ser encapsulados em pacotes de protocolos diferentes. Por exemplo, pacotes de protocolo IPX podem ser encapsulados e transportados dentro de pacotes TCP/IP.
O protocolo de tunelamento encapsula o pacote com um cabeçalho adicional que contém informações de roteamento que permitem a travessia dos pacotes ao longo da rede intermediária. Os pacotes encapsulados são roteados entre as extremidades do túnel na rede intermediária. Túnel é a denominação do caminho lógico percorrido pelo pacote ao longo da rede intermediária Após alcançar o seu destino na rede intermediária, o pacote é desencapsulado e encaminhado ao seu destino final. A rede intermediária por onde o pacote trafegará pode ser qualquer rede pública ou privada.
Note que o processo de tunelamento envolve encapsulamento, transmissão ao longo da rede intermediária e desencapsulamento do pacote.
^
Protocolos de tunelamento
Para se estabelecer um túnel é necessário que as suas extremidades utilizem o mesmo protocolo de tunelamento.
O tunelamento pode ocorrer na camada 2 ou 3 (respectivamente enlace e rede) do modelo de referência OSI (Open Systems Interconnection).
Tunelamento em Nível 2 - Enlace - (PPP sobre IP)
O objetivo é transportar protocolos de nível 3, tais como o IP e IPX na Internet. Os protocolos utilizam quadros como unidade de troca, encapsulando os pacotes da camada 3 (como IP/IPX) em quadros PPP (Point-to-Point Protocol). Como exemplos podemos citar:
PPTP (Point-to-Point Tunneling Protocol) da Microsoft permite que o tráfego IP, IPX e NetBEUI sejam criptografados e encapsulados para serem enviados através de redes IP privadas ou públicas como a Internet.
L2TP (Layer 2 Tunneling Protocol) da IETF (Internet Engineering Task Force) permite que o tráfego IP, IPX e NetBEUI sejam criptografados e enviados através de canais de comunicação de datagrama ponto a ponto tais como IP, X25, Frame Relay ou ATM.
L2F (Layer 2 Forwarding) da Cisco é utilizada para VPNs discadas.
Tunelamento em Nível 3 - Rede - (IP sobre IP)
Encapsulam pacotes IP com um cabeçalho adicional deste mesmo protocolo antes de enviá-los através da rede.
O IP Security Tunnel Mode (IPSec) da IETF permite que pacotes IP sejam criptografados e encapsulados com cabeçalho adicional deste mesmo protocolo para serem transportados numa rede IP pública ou privada. O IPSec é um protocolo desenvolvido para IPv6, devendo, no futuro, se constituir como padrão para todas as formas de VPN caso o IPv6 venha de fato substituir o IPv4. O IPSec sofreu adaptações possibilitando, também, a sua utilização com o IPv4.
^
O funcionamento dos túneis
Nas tecnologias orientadas à camada 2 (enlace), um túnel é similar a uma sessão, onde as duas extremidades do túnel negociam a configuração dos parâmetros para estabelecimento do túnel, tais como endereçamento, criptografia e parâmetros de compressão. Na maior parte das vezes, são utilizado s protocolos que implementam o serviço de datagrama. A gerência do túnel é realizada através protocolos de manutenção. Nestes casos, é necessário que o túnel seja criado, mantido e encerrado. Nas tecnologias de camada 3, não existe a fase de manutenção do túnel.
Uma vez que o túnel é estabelecido os dados podem ser enviados. O cliente ou servidor do túnel utiliza um protocolo de tunelamento de transferência de dados que acopla um cabeçalho preparando o pacote para o transporte. Só então o cliente envia o pacote encapsulado na rede que o roteará até o servidor do túnel. Este recebe o pacote, desencapsula removendo o cabeçalho adicional e encaminha o pacote original à rede destino. O funcionamento entre o servidor e o cliente do túnel é semelhante.
^
Protocolos × Requisitos de tunelamento
Os protocolos de nível 2, tais como PPTP e L2TP, foram baseados no PPP, e, como conseqüência, herdaram muito de suas características e funcionalidades. Estas características e suas contrapartes de nível 3 são analisadas juntamente com alguns dos requisitos básicos das VPNs:
AUTENTICAÇÃO DE USUÁRIO
Os protocolos de tunelamento da camada 2 herdaram os esquemas de autenticação do PPP e os métodos EAP (Extensible Authentication Protocol). Muitos esquemas de tunelamento da camada 3 assumem que as extremidades do túnel são conhecidas e autenticadas antes mesmo que ele seja estabelecido. Uma exceção é o IPSec que provê a autenticação mútua entre as extremidades do túnel. Na maioria das implementações deste protocolo, a verificação se dá a nível de máquina e não de usuário. Como resultado, qualquer usuário com acesso às máquinas que funcionam como extremidades do túnel podem utilizá-lo. Esta falha de segurança pode ser suprida quando o IPSec é usado junto com um protocolo de camada de enlace como o L2TP.
SUPORTE A TOKEN CARD
Com a utilização do EAP, os protocolos de tunelamento de camada de enlace podem suportar uma variedade de métodos de autenticação, tais como senhas e cartões inteligentes (smart cards). Os protocolos de camada 3 também podem usar métodos similares, como, por exemplo, o IPSec que define a autenticação de chave pública durante a negociação de parâmetros feita pelo ISAKMP (Internet Security Association and Key Management Protocol).
ENDEREÇAMENTO DINÂMICO
O tunelamento na camada 2 suporta alocação dinâmica de endereços baseada nos mecanismos de negociação do NCP (Network Control Protocol). Normalmente, esquemas de tunelamento na camada 3 assumem que os endereços foram atribuídos antes da inicialização do túnel.
COMPRESSÃO DE DADOS
Os protocolos de tunelamento da camada 2 suportam esquemas de compressão baseados no PPP. O IETF está analisando mecanismos semelhantes, tais como a compressão de IP, para o tunelamento na camada 3.
CRIPTOGRAFIA DE DADOS
Protocolos de tunelamento na camada de enlace suportam mecanismos de criptografia baseados no PPP. Os protocolos de nível 3 também podem usar métodos similares. No caso do IPSec são definidos vários métodos de criptografia de dados que são executados durante o ISAKMP. Algumas implementações do protocolo L2TP utilizam a criptografia provida pelo IPSec para proteger cadeias de dados durante a sua transferência entre as extremidades do túnel.
GERENCIAMENTO DE CHAVES
O MPPE (Microsoft Point-to-Point Encryption), protocolo de nível de enlace, utiliza uma chave gerada durante a autenticação do usuário, atualizando-a periodicamente. O IPSec negocia uma chave comum através do ISAKMP e, também, periodicamente, faz sua atualização.
SUPORTE A MÚLTIPLOS PROTOCOLOS
O tunelamento na camada de enlace suporta múltiplos protocolos o que facilita o tunelamento de clientes para acesso a redes corporativas utilizando IP, IPX, NetBEUI e outros. Em contraste, os protocolos de tunelamento da camada de rede, tais como o IPSec, suportam apenas redes destino que utilizam o protocolo IP.
^
Tipos de túneis
Os túneis podem ser criados de 2 diferentes formas - voluntárias e compulsórias:
Túnel Voluntário - um cliente emite uma solicitação VPN para configurar e criar um túnel voluntário. Neste caso, o computador do usuário funciona como uma das extremidades do túnel e, também, como cliente do túnel.
Túnel Compulsório - um servidor de acesso discado VPN configura e cria um túnel compulsório. Neste caso, o computador do cliente não funciona como extremidade do túnel. Outro dispositivo, o servidor de acesso remoto, localizado entre o computador do usuário e o servidor do túnel, funciona como uma das extremidades e atua como o cliente do túnel.
TUNELAMENTO VOLUNTÁRIO
Ocorre quando uma estação ou servidor de roteamento utiliza um software de tunelamento cliente para criar uma conexão virtual para o servidor do túnel desejado. O tunelamento voluntário pode requerer conexões IP através de LAN ou acesso discado.
No caso de acesso discado, o mais comum é o cliente estabelecer a conexão discada antes da criação do túnel.
Nas LANs, o cliente já se encontra conectado à rede que pode prover o roteamento de dados encapsulados para o servidor de túnel selecionado. Este é o caso de clientes numa LAN corporativa que inicializa túneis para alcançar uma subrede privada na mesma rede.
TUNELAMENTO COMPULSÓRIO
O computador ou dispositivo de rede que provê o túnel para o computador cliente é conhecido de diversas formas: FEP (Front End Processor) no PPTP, LAC (L2TP Access Concentrator) no L2TP ou IP Security Gateway no caso do IPSec. Doravante, adotaremos o termo FEP para denominar esta funcionalidade - ser capaz de estabelecer o túnel quando o cliente remoto se conecta.
No caso da Internet, o cliente faz uma conexão discada para um túnel habilitado pelo servidor de acesso no provedor (ISP). Por exemplo, uma companhia pode ter um contrato com uma ou mais provedores para disponibilizar um conjunto de FEPs em âmbito nacional. Estas FEPs podem estabelecer túneis sobre a Internet para um servidor de túnel conectado à rede corporativa privada, possibilitando a usuários remotos o acesso à rede corporativa através de uma simples ligação local.
Esta configuração é conhecida como tunelamento compulsório porque o cliente é compelido a usar um túnel criado pelo FEP. Uma vez que a conexão é estabelecida, todo o tráfego "de/para" o cliente é automaticamente enviado através do túnel. No tunelamento compulsório, o cliente faz uma conexão PPP. Um FEP pode ser configurado para direcionar todas as conexões discadas para um mesmo servidor de túnel ou, alternativamente, fazer o tunelamento individual baseado na identificação do usuário ou no destino da conexão.
Diferente dos túneis individualizados criados no tunelamento voluntário, um túnel entre o FEP e o servidor de túnel pode ser compartilhado por múltiplos clientes discados. Quando um cliente disca para o servidor de acesso (FEP) e já existe um túnel para o destino desejado, não se faz necessária a criação de um novo túnel redundante. O próprio túnel existente pode transportar, também, os dados deste novo cliente. No tunelamento compulsório com múltiplos clientes, o túnel só é finalizado no momento em que o último usuário do túnel se desconecta.
^
IPSEC – Internet Protocol Security
O IPSec é um protocolo padrão de camada 3 projetado pelo IETF que oferece transferência segura de informações fim a fim através de rede IP pública ou privada. Essencialmente, ele pega pacotes IP privados, realiza funções de segurança de dados como criptografia, autenticação e integridade, e então encapsula esses pacotes protegidos em outros pacotes IP para serem transmitidos. As funções de gerenciamento de chaves também fazem parte das funções do IPSec.
Tal como os protocolos de nível 2, o IPSec trabalha como uma solução para interligação de redes e conexões via linha discada. Ele foi projetado para suportar múltiplos protocolos de criptografia possibilitando que cada usuário escolha o nível de segurança desejado.
Os requisitos de segurança podem ser divididos em 2 grupos, os quais são independentes entre si, podendo ser utilizado de forma conjunta ou separada, de acordo com a necessidade de cada usuário:
Autenticação e Integridade;
Confidencialidade.
Para implementar estas características, o IPSec é composto de 3 mecanismos adicionais:
AH - Autentication Header;
ESP - Encapsulation Security Payload;
ISAKMP - Internet Security Association and Key Management Protocol.
NEGOCIAÇÃO DO NÍVEL DE SEGURANÇA
O ISAKMP combina conceitos de autenticação, gerenciamento de chaves e outros requisitos de segurança necessários às transações e comunicações governamentais, comerciais e privadas na Internet. Com o ISAKMP, as duas máquinas negociam os métodos de autenticação e segurança dos dados, executam a autenticação mútua e geram a chave para criptografar os dados.
Trata-se de um protocolo que rege a troca de chaves criptografadas utilizadas para decifrar os dados. Ele define procedimentos e formatos de pacotes para estabelecer, negociar, modificar e deletar as SAs (Security Associations). As SAs contêm todas as informações necessárias para execução de serviços variados de segurança na rede, tais como serviços da camada IP (autenticação de cabeçalho e encapsulamento), serviços das camadas de transporte, e aplicação ou auto-proteção durante a negociação do tráfego. Também define pacotes para geração de chaves e autenticação de dados. Esses formatos provêm consistência para a transferência de chaves e autenticação de dados que independem da técnica usada na geração da chave, do algoritmo de criptografia e do mecanismo de autenticação.
O ISAKMP pretende dar suporte para protocolos de segurança em todas as camadas da pilha da rede. Com a centralização do gerenciamento dos SAs, o ISAKMP minimiza as redundâncias funcionais dentro de cada protocolo de segurança e também pode reduzir o tempo gasto durante as conexões através da negociação da pilha completa de serviços de uma só vez.
AUTENTICAÇÃO E INTEGRIDADE
A autenticação garante que os dados recebidos correspondem àqueles originalmente enviados, assim como garante a identidade do emissor. Integridade significa que os dados transmitidos chegam ao seu destino íntegros, eliminando a possibilidade de terem sido modificados no caminho sem que isto pudesse ser detectado.
O AH é um mecanismo que provê integridade e autenticação dos datagramas IP. A segurança é garantida através da inclusão de informação para autenticação no pacote a qual é obtida através de algoritmo aplicado sobre o conteúdo dos campos do datagrama IP, excluindo-se aqueles que sofrem mudanças durante o transporte. Estes campos abrangem não só o cabeçalho IP como todos os outros cabeçalhos e dados do usuário. No IPv6, o campo hop-count e o time-to-live (TTL) do IPv4 não são utilizados, pois são modificados ao longo da transferência.
Para alguns usuários o uso da autenticação pode ser suficiente não sendo necessária a "confidencialidade".
No IPV6, o AH normalmente é posicionado após os cabeçalhos de fragmentação e End-to-End, e antes do ESP e dos cabeçalhos da camada de transporte (TCP ou UDP, por exemplo).
CONFIDENCIALIDADE
Propriedade da comunicação que permite que apenas usuários autorizados entendam o conteúdo transportado. Desta forma, os usuários não autorizados, mesmo tendo capturado o pacote, não poderão ter acesso às informações nele contidas. O mecanismo mais usado para prover esta propriedade é chamado de criptografia.
O serviço que garante a "confidencialidade" no IPSec é o ESP - Encapsulating Security Payload. O ESP também provê a autenticação da origem dos dados, integridade da conexão e serviço anti-reply. A "confidencialidade" independe dos demais serviços e pode ser implementada de 2 modos - transporte e túnel. No primeiro modo, o pacote da camada de transporte é encapsulado dentro do ESP, e, no túnel, o datagrama IP é encapsulado inteiro dentro da cabeçalho do ESP.
^
Conclusão
As VPNs podem se constituir numa alternativa segura para transmissão de dados através de redes públicas ou privadas, uma vez que já oferecem recursos de autenticação e criptografia com níveis variados de segurança, possibilitando eliminar os links dedicados de longa distância, de alto custo, na conexão de WANs.
Entretanto, em aplicações onde o tempo de transmissão é crítico, o uso de VPNs através de redes externas ainda deve ser analisado com muito cuidado, pois podem ocorrer problemas de desempenho e atrasos na transmissão sobre os quais a organização não tem nenhum tipo de gerência ou controle, comprometendo a qualidade desejada nos serviços corporativos.
A decisão de implementar ou não redes privadas virtuais requer uma análise criteriosa dos requisitos, principalmente aqueles relacionados a segurança, custos, qualidade de serviço e facilidade de uso que variam de acordo com o negócio de cada organização.
^
Referências
"Virtual Private Networking: An Overview" . 29 de Maio de 1998. On-Line. http://www.microsoft.com/workshop/server/feature/vpnovw.asp. 26 de Junho de 1998.
Maughan, Douglas; Schertler, Mark; Schneider, Mark; Turner, Jeff. "Internet Security Association and Key Management Protocol (ISAKMP)". 10 de Março de 1998. On-Line. http://www.imib.med.tu-dresden.de/imib/Internet/Literatur/
ISAKMP/draft-ietf-ipsec-isakmp-09.txt. 28 de Junho de 1998.
"Virtual Private Network" . 1998. On-Line. http://www.stts.com.br/vpn.htm. 28 de Junho de 1998.
"IPSEC - Internet Protocol Security". Security Project at the TCM Laboratory. On-Line. http://www.tcm.hut.fi/Tutkimus/IPSEC/ipsec.html. 20 de Junho de 1998.
Werner, José. "Tecnologias para Implantação de Redes Virtuais Privadas" . Fórum Nacional sobre Segurança de Redes e Telecomunicações. Março/1998. 20 de Junho de 1998.
Henthorn, Alex. "VPN - Virtual Private Networks" . Livingston Enterprises, Inc. http://www.cernet.com.br/Livingston/napl/vpn.htm. 22 de Junho de 1998.
"VPNs e IP Tunneling". On-Line. http://mingus.modulo.com.br/funciona.htm. 22 de Junho de 1998.
^
NewsGeneration, um serviço oferecido pela RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
Copyright © RNP, 1997 – 2004