Aplicações em Redes RS-485 O padrão RS-485, criado em 1983, é capaz de prover uma forma bastante robusta de comunicação multiponto. Vem sendo muito utilizado na indústria em controle de sistemas e comunicação de dados de baixa densidade. Se uma planta possui até 32 máquinas automáticas ou outros dispositivos distantes até 1200 metros e com porta de comunicação serial, os equipamentos podem ser monitorados ou controlados por uma rede baseada em RS485, que torna-se um protocolo de comunicação padrão para esse tipo de solução. O protocolo se faz necessário para gerenciar a única linha (dois pares de fios) de comunicação (HALFDUPLEX) com até 32 pontos. Isso define que os dados não podem ser transmitidos e recebidos ao mesmo tempo. O mesmo padrão elétrico RS485 pode ser usado sem protocolo, desde que a comunicação seja ponto a ponto unidirecional ou bidirecional controladas por Fluxo. Por exemplo: As características básicas do RS-485 são: Conversão RS-485 
 Taxa de transmissão Exemplos de redes RS-485 Configurações conversor RS-232 x RS-485 (Dispositivo EF-232-485) Onde: 1 – Terminador 120r. 2 – Loop CTS-RTS. 3 – Fluxo DTR/RTS. 4 – Ful<>Hal. 5 – RX por Fonte: http://www.comm5.com.br/desenvolvedores/artigos.asp?IDArtigo=15  | |
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segunda-feira, 9 de abril de 2012
APLICAÇÕES EM REDES RS-485
PROTOCOLO RS-485 ATUAL EIA-485 ou TIA-485
Universidade de Brasília 
Instituto de Ciências Exatas
Disciplina de Transmissão de Dados
Professor Jacir L Bordim 
     RS-485
Grupo 10 
      Eduardo de Morais V Silva – 02/81859
Fillipe Y Saad Sobrinho – 02/97682 
      Jose Adriany V de Aquino – 02/86176
Resumo 
 Este trabalho consiste na apresentação do protocolo RS-485 , hoje conhecido 
como EIA-485 ou então TIA-485, serão evidenciadas suas características, 
funcionamento físico e aplicações. Ao longo de todo trabalho serão feitas 
comparações com o padrão RS-232, hoje conhecido como EIA-232,proporcionando 
maiores esclarecimentos. Sumário 
1. Introdução 
2. Características 
2.1 Órgão Regulador
 2.2 Modo de Operação 
 2.3 Distância de Transmissão 
 2.4 Taxa de Transmissão 
 2.5 Comunicação Multiponto 
 2.6 Conversão RS-232/RS-485 
 2.7 Canais de Comunicação 
 2.8 Protocolos de Comunicação 
3. Funcionamento físico 
3.1 Transceptor MAX-485 
 3.2 Modos de Operação
 3.3 Problemas físicos 
 3.4 Conversor RS-232/RS-485 
 3.5 Exemplo de um sistema RS-485 
4. Aplicações 
4.1 Mestre/Escravo 
 4.2 Comunicação Half-duplex com todos se comunicando 
 4.3 Modos de conecção 
5. Referências   
1. Introdução 
 Se uma aplicação consiste de vários dispositivos em lugares diferentes, ou se 
um sistema é composto de diversas unidades, cada uma com determinada função, 
certamente um meio de comunicação entre eles se faz necessário. Apesar do RS-
232 ser a interface mais comumente utilizada para comunicação serial, ele tem suas 
limitações. O padrão RS-485, criado em 1983[8], é capaz de prover uma forma 
bastante robusta de comunicação multiponto que vem  sendo muito utilizada na 
indústria em controle de sistemas e em transferência de dados para pequenas 
quantidades e taxas de até 10 Mbps.
 Primeiramente serão mostradas as características do protocolo RS-485, 
seguida do seu funcionamento físico e por ultimo dois exemplos de aplicações 
práticas. 2. Características 
2.1 Órgão responsável 
 O padrão RS-485 é administrado pela Telecommunication Industry 
Association(TIA) que é  responsável pelo setor de comunicação da Electronic 
Industries Alliance (EIA), e este último é credenciado pelo American National 
Standards Institute (ANSI).[1][2] 
2.2 Modo de Operação  
 No RS-232, os sinais são representados por níveis de tensão referentes ao
terra. Há um fio para transmissão, outro para recepção e o fio terra para referência 
dos níveis de tensão. Este tipo de interface é útil em comunicações ponto-a-ponto a 
baixas velocidades de transmissão. Visto a necessidade de um terra comum entre 
os dispositivos, há limitações do comprimento do cabo a apenas algumas dezenas 
de metros. Os principais problemas são a interferência e a resistência do cabo.Já o 
padrão RS-485 utiliza um princípio diferente, no qual apenas dois fios são utilizados, 
que serão chamados de A e B de agora em diante. Nesse caso tem-se nível lógico 
1 quando, por exemplo A for positivo e B negativo, conseqüentemente tem-se nível 
lógico 0 quando B for positivo e A negativo.Verifica-se que o nível lógico é 
determinado pela diferença de tensão entre os fios, daí o nome de modo de
operação diferencial.[7] 
2.3 Distância de transmissão 
Umas das vantagens da transmissão balanceada é sua robustez à ruídos e 
interferências. Se um ruído é introduzido na linha, ele é induzido nos dois fios de 
modo que a diferença entre A e D dessa interferência é tende a ser quase nula, com 
isso o alcance pode chegar a 4000 pés, aproximadamente 1200 metros.[4] Vale citar 
que o padrão RS-232 em sua taxa máxima de comunicação alcança em torno de 50 
pés, aproximadamente 15 metros.[3] 
 2.4 Taxa de transmissão
Como foi visto, o alcance do padrão RS-485 pode chegar a 4000 pés, porém 
quanto maior a distância a ser percorrida pelos dados menor será a taxa de 
transmissão, tem-se como base que para distância de até 40 pés a taxa pode 
chegar a 10Mbps e para uma distância de 4000 pés a  taxa varia em torno de 
100Kbps. O gráfico abaixo demonstra de forma clara a relação entre transmissão e 
taxa de comunicação.[4]
Distancia X Taxa de transmissão
2.5 Comunicação Multiponto 
Como o padrão RS-485 foi desenvolvido para atender  a necessidade de 
comunicação multiponto o seu formato permite conectar até 32 dispositivos, sendo 1 
transmissor e 1 receptor por dispositivo.[4] 
2.6 Conversão RS-232/RS-485 
Outra grande vantagem do padrão RS-485 é a facilidade de conversão do
padrão RS-232 ao RS-485, simplesmente utilizando um CI, com is
so tem-se que a 
compatibilidade com dispositivos já existentes no mercado é mantida, visto que a 
maioria dos computadores já possui saída RS-232. 
2.7 Canais de comunicação 
O protocolo RS-485 é do tipo half-duplex. [4] 
2.8 Protocolo de comunicação 
O padrão RS-485 não define e nem recomenda nenhum protocolo de 
comunicação.[7]

Ro: Saída para recepção[6] 
RE: habilitação da recepção[6] 
DE: habilitação da transmissão[6]  
DI: Entrada para transmissão[6] 
VCC,GND: Alimentação do circuito integrado[6] 
A: Entrada não inversora[6] 
B: Entrada inversora[6] 
3.2 Modo de operação
Normalmente conecta-se juntos os pinos RE e DE de forma que o transceptor 
esteja apenas recebendo ou transmitindo.Para que um dispositivo transmita um 
dado pelo barramento, é necessário ativar o pino DE, fazendo com que RE seja 
desabilitado, para então transmitir a informação necessária pelo pino DI, e ao fim da 
transmissão, desabilitar DE reabilitando RE, de forma que o transceptor volte ao 
modo de recepção. O CI deve sempre permanecer em modo de recepção. [6] 
3.3 Problemas físicos 
Quando todos os dispositivos estão em modo de recepção, o nível lógico do 
barramento pode ficar indefinido, assim adicionam-se resistores de pull-up no pino A 
e pull-down no pino B.Outro problema que ocorre é a reflexão do sinal, este 
problema pode ser evitado colocando-se dois resistores de igual valor entre as linhas 
A e B. [6] 
3.4 Conversor RS-232/RS-485 
O protocolo RS-232 opera em níveis de tensão de 15 Volts a -15 Volts, já o 
protocolo RS-485 opera com nível lógico TTL na entrada, assim necessitamos de um 
conversor de tensões, em exemplo é o CI MAX 232.Deve-se ainda ter um pino de 
controle do RS-232 para ativar/desativar os modos de recepção/transmissão do CI 
do RS-485. 
4.1 Mestre/escravo 
 É o tipo de aplicação onde um dispositivo central é quem comanda os demais 
dispositivos. O dispositivos escravos recebem um endereço e apenas respondem ao 
mestre quando são chamados. Tem-se assim uma forma  de evitar colisões de 
dados na rede, visto que apenas o mestre ou o escravo estão transmitindo.Uma 
grande forma de aplicação desse sistema é em industrias de manufaturas, onde um 
computador central comanda várias máquinas ( CNC, máquina de comando 
numérico).
4.2 Comunicação Half-duplex com todos se comunicando 
É o tipo de aplicação onde  todos dispositivos comunicam-se entre si. O 
funcionamento do protocolo de comunicação depende da aplicação, assim como 
evitar choques de informação depende do protocolo adotado.Um exemplo aqui 
colocado é o sistema do robô desenvolvido pela Mecajun/LCVC para o desafio 
inteligente de robôs no ENECA. 
Uma webcam transmite as informações para a placa central (Vortex86), esta toma 
as decisões e envia a placa de controle dos motores. Quando um evento ocorre na 
placa de controle com os sensores de toque e luz a informação deve ser enviada 
tanto para os motores como para a placa central, pois a possibilidade de batidas, ou seja, necessita de um método de comunicação flexível, que é possibilitado pelo RS-485.
4.3 Modos de conecção 
 Na figura abaixo tem-se exemplos de tipos de ligações que podem ser feitos 
com o formato RS-485. 
5. Referências  
1.  http://www.eia.org/ - acesso em 21/02/2006 
2.  http://www.tiaonline.org- acesso em 21/02/2006 
3.  http://www.RS-485.com/- acesso em 21/02/2006 
4.  http://www.national.com/an/AN/AN-1057.pdf- acesso em 21/02/2006 
5.  http://www.maxim-ic.com/appnotes.cfm/appnote_number/736- acesso em 
21/02/2006
6.  http://www.maxim-ic.com acesso em 21/02/2006 - Low-power, SlewRate_Limited RS-485/RS-422 Transceivers 
7. Transceivers and Repeaters Meeting the EIA RS-485 Interface Standard – 
National semiconductor -  Application Note 409 
8. Ten Ways to Bulletproof RS-485 Interfaces – National semiconductors – 
Application Note 1067 
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